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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Escreva e seja lido (a)

Escreva e seja lido(a).

Gosta de escrever? Boas dicas para ser lido(a), confira aqui, assistindo aos dois vídeos: http://migre.me/nEEYb

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sonho

                     Sonho
Sonhar é um acontecimento interessante
Quando se acorda com ele na lembrança
Um evento agradável traz felicidade

Ao dormir o ser vai ao encontro do vago
Nada sabe, espera apenas descansar.
Aí num desnorteamento das sensações
Vê-se num espaço inusitado de ações

Vê alguém ao seu lado conversando
Interagindo com ele de forma natural
E pensar que esse alguém só existe
Na foto da revista ou na telenovela

Conhecer a pessoa dessa maneira
Dá a falsa sensação de saber
Tudo o que se passa na mente do ser
Que foi inventado para um vazio,
Num momento, em sonho preencher.

Voltando à realidade da vigília
Resta apenas a suave lembrança
De rápido momento vivido
Que espera jamais ser esquecido.

Inspiração: Antonio Roberto Malfatti, sonho em 25/11/2014.




sábado, 8 de novembro de 2014

O lixo mudou a forma e aumentou a quantidade - virtual e físico

O lixo mudou a forma e aumentou a quantidade.

   Quando adolescente, na idade de treze a quinze anos, trabalhei como office-boy numa loja de calçados. O patrão recebia pelo correio, diariamente, folhetos de ofertas de produtos e outros tantos papéis inúteis. Uma vez na semana, ele examinava os papéis, rasgava-os e botava no lixo. Lixo comum mesmo, pois naquela época nem se cogitava reciclar papel, somente ferro, alumínio e vidros eram objeto de catadores. Nem existia garrafa pet ou sacola plástica.

   Hoje, o lixo que o patrão recebia, mudou de formato e substância. Vem por e-mail; é virtual. Não sei de que maneira descobrem o meu endereço de e-mail. Não são alguns por dia, são muitos. Neste momento em que escrevo, só neste dia, recebi cento e quatro e-mails inúteis, os quais, ainda bem, meu browser de e-mail os classifica como spam e/ou lixo eletrônico. Aí, para eliminar é fácil: ctrl t + del e desaparecem. Mas é sempre um trabalho e uma preocupação, pois sem a eliminação acumulam demais e tomam espaço no computador.


   Falando, ainda, em lixo. Pessoas preocupadas com o meio ambiente fazem campanhas para que se evite descartar o lixo reciclável de forma irresponsável. No entanto, vejo por todos os lados grande quantidade de lixo reciclável depositado nos contêineres destinados ao lixo orgânico e, como a quantidade é maior do que tais contêineres comportam, ficam depositados em torno deles. Se os “produtores” desses materiais recicláveis fossem mais conscientes, preocupando-se um pouco com o meio ambiente eles poriam a mão no bolso e contratariam pessoas para lidar com esse material, dando a ele o destino correto. Mas, segundo minha maneira de ver a situação, eles não dão importância para isso. O que importa para eles é vender e vender, faturar. O meio ambiente que se dane. Até que um dia o próprio começará a devolver o mal que lhe causam, com males que nem imaginam.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Telefone fixo

Telefone fixo

     Como era bom o tempo em que a gente pegava o telefone fixo, ligava para um determinado número de empresa e alguém, prontamente, atendia. A gente dava o recado ou solicitava o serviço e tudo ficava certo.


     Hoje, raramente isso acontece. A gente liga, uma gravação passa a emitir uma voz e uma música e a gente fica feito um tolo ouvindo longas instruções para digitar números, com o fone à espera de um atendimento, até, se tiver sorte, falar com alguém insensível e treinado para dar respostas predefinidas, ou desistir da chamada e desligar.

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Pois bem, a operadora do meu fixo disse que eu tinha que optar pela troca do fio de cobre pela fibra ótica. Como no local onde resido não tem como passar a fibra, não autorizei e, pasme: mesmo estando funcionando bem o telefone fixo foi desativado pela operadora e fiquei sem ele. Uma pena. Vida que segue.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Fritadeira Sem Óleo

Comprei uma fritadeira sem óleo, marca Eterny.

Foi uma oferta de um site, que achei que estava bem barata e quis aproveitar para testar o produto, pois se não funcionasse a contento, não teria jogado muito dinheiro fora. 

Esperei dois meses de uso para comentar o desempenho dela.

Estou muito satisfeito. Batata frita, dessas que se compra congelada, em pacotes, ela prepara perfeita e rapidamente. Mandioca (aipim) frita fica perfeita também, mas é preciso cozinhá-la primeiro, depois fatiá-la em tamanho mais ou menos padrão de sete centímetros de comprimento por uns dois centímetros de espessura e untá-las com um pouco de óleo. Não se preocupe, pois se houver excesso de óleo, ele escorre pela grade do recipiente e cai embaixo, na cuba. Linguiça, corações de frango, anéis empanados de cebola, carne bovina, de frango e até salmão já fiz nela e ficam ótimos e sequinhos. Dá para preparar, pastéis, pão de queijo congelado de supermercado, pizza brotinho também, pois cabe nela sem problema. A vantagem é que os cozimentos são rápidos e não deixa cheiro forte no ambiente. Pretendo experimentar com outros alimentos. Só não achei que ela seja boa para alimento encorpado, pois o calor demora a chegar ao centro dele enquanto por fora já parece pronto: caso de coxinhas congeladas que ficaram douradas por fora e frias no interior. A fritadeira é silenciosa e fácil de lavar (limpar). Uma preocupação que tinha, mas foi desfeita, é que nos primeiros meses de uso, não vi diferença na conta de energia elétrica.

É claro que ela é grandalhona e precisa de espaço, mas eu adaptei num banquinho de madeira, pois meu espaço, na cozinha do apartamento é restrito. Levo-a, sobre o banquinho, para perto de qualquer tomada que esteja disponível.

Ela vem com um manual, mas controlando o tempo do preparo, a gente vai aos poucos descobrindo o tempo certo e dispensa-se o manual.


Haste dos óculos, cujo parafuso se solta – como consertar em casa.

Caro (a) leitor (a),

Quando o minúsculo parafuso da haste dos seus óculos ou de um parente ou amigo, cair e for encontrado, o que é comum acontecer, você poderá querer recolocar em casa, sem ter que recorrer a um profissional.

Tal parafuso é difícil de ser recolocado e se não for feito com cuidado pode ser perdido num vão, num tapete, etc.


Uma dica para facilitar a tarefa, dentre outras que deve haver, é a seguinte: coloque uma gota de cola de sapateiro, ou outra cola de contato com secagem rápida, sobre uma superfície de plástico duro ou sobre um pedaço de madeira que não seja o seu móvel, para não o danificar. Segure o parafuso com uma pinça, encoste a cabeça (fenda) dele na cola para untar e continue segurando com a pinça. Deixe secar até o ponto de pega, o que é bem rápido. Faça o mesmo com a ponta da chave de fenda, ou seja unte-a com cola. Aguardado o tempo de pega, cole a ponta da chave na fenda no parafuso e, com cuidado, leve até os óculos, com a haste previamente encaixada esperando apenas ser aparafusada. É só girar a chave e apertar bem. Pronto! Serviço perfeito e sem dor de cabeça.

domingo, 5 de outubro de 2014

Sênior

Caro(a) Leitor(a),

Talvez você ache interessante este apontamento, ou, ao contrário, pense que sou faísca atrasada.

Indo ao assunto sênior: fui comprar entrada para o cinema e pedi meia, pois, pela minha idade, já estou na faixa dos considerados idosos. Na minha mente está gravado que já sou idoso para certas situações: filas, ingressos, etc. Voltando à situação da compra da entrada: a atendente me perguntou: sênior? E fiquei sem ação para responder à pergunta dela. Nunca me preocupei em saber exatamente o que significava a palavra sênior. Lia em artigos de revistas, na internet e até em anúncios de empregos a palavra: “analista sênior” e achava que era o adjetivo de alguma profissão e ponto. Ante o questionamento da atendente, para não me passar por um ignorante total, expliquei que a minha idade era “x” e que eu queria uma “meia entrada”. Enquanto pagava pensava: quando chegar a casa vou pesquisar na internet a palavra sênior.

Depois de pesquisar, no Wikipédia, acabei chegando à conclusão que estão usando a palavra sênior em substituição a idoso. O pior é que não me avisaram que agora ia ser assim. Pessoas sempre inventando moda.


sábado, 20 de setembro de 2014

Feriado

Alegria de pobre, que trabalha, é feriado, pois para o rico e o pobre, aposentado, todo dia pode ser alegre.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Comida e preguiça

Comeu pão com linguiça
Bebeu uma taça de licor
Ficou com muita preguiça
Sentiu um certo torpor

O corpo não respondia
Queria deitar e ficar
Pensou: "ainda é dia!
E o trabalho a esperar"

A Rocha e o Mar

Eu, a rocha
Ela, o mar
Eu, querendo paz
Ela, a se movimentar

sábado, 17 de maio de 2014

Luvas - proteção para mãos - lavar louças e panelas, etc...

Olá, Caro(a) Leitor(a)!

     Mesmo que você tenha uma lavadora de louças, em algum momento vai precisar pôr as mãos na água e/ou em contato com algum produto químico que possa danificar a pele.

    No meu caso, tenho a pele sensível a detergente de cozinha, que, geralmente, não causa danos à pele da maioria das pessoas.

     Como a dica é para luvas, vamos lá!

     Sempre usei aquelas luvas de borracha, normalmente de cor amarela, meio grossas. Eram um incômodo, mas se precisava proteger as mãos usava assim mesmo.

     Certo dia conheci as luvas pretas de látex, que não sabia da existência, pois são usadas por profissionais cabeleireiros(as), que não é meu ambiente.

     Ao ver as luvas, resolvi experimentar e gostei do resultado. Elas são mais finas, dão melhor sensação de contato com os objetos, podem ser usadas nas mãos esquerda ou direita, pois adaptam-se a ambas, por isso são chamadas "ambidestras". Duram bastante. Enfim, fica a indicação para quem precisa de luvas e se sente desconfortável com luvas de limpeza normalmente vendidas em supermercados. 

     As luvas pretas de látex são encontradas em lojas que vendem material para cabeleireiros.

 Confira neste link a imagem das luvas: http://www.danny.com.br/luva-latex-ambidestra-maxiblack/luva-latex-reforcada-ambidestra-maxiblack.html

     Não estou sugerindo que compre no link, é apenas para dar uma ideia das luvas, caso ainda não a conheça.

     Uso esse tipo de luva para: lavar louça, manipular roupa com água e cloro fina e com outros produtos químicos. Às vezes é preciso descascar um legume, fruta ou até manipular peixe, que deixa aquele cheiro horrível nas mãos: essa luva também serve.

     Eu uso assim: passo talco nas mãos e calço as luvas. Após o uso lavo-as, como se estivesse lavando as mãos, seco-as bem, passo talco nelas e retiro virando do avesso. Então toda vez que vou usar, acabo revezando os lados interno e externo. Com esse procedimento, ela sempre está limpa de ambos os lados (interno e externo).

     Dica final: essa luva é bem durável, para mim dura mais ou menos trinta dias, mas é muito delicada. Se, ao usá-la, resvalar numa ponta de faca, ou outro objeto pontiagudo ela se rasga com facilidade. Aí o jeito é descartar e pegar uma nova. E, também, se colar uma fita adesiva nela, ao puxar para despegar, corre-se o risco de rasgar a luva. Portanto não use a luva para pegar em fitas adesivas.

     Espero ter sido útil,

                                                                 Malfatti.

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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Planilha para controle financeiro - só fique devedor se não controlar.

Fluxo de Caixa ou Fluxo Financeiro

Olá, Caro(a) Leitor(a)!

                                     Tenho, elaborada por mim, uma planilha de Fluxo de Caixa (ou Fluxo Financeiro). Feita no Excel 2007. É bem simples, porém muito eficiente. Se usada como deve, não deixa a desejar. E, o melhor, forneço-a gratuitamente. A única exigência que faço é que se for distribuí-la, faça-o, também, de forma gratuita. E, se fizer alguma alteração nela, para melhorar ou simplificar o funcionamento, que me envie a alteração para que eu repasse aos demais usuários.

                                      Juntamente com a planilha, enviarei instruções de uso.

                                      Peça pelo e-mail: malfatti@vetorial.net , que envio anexa.
       
                                      Abaixo, está uma imagem da planilha com preenchimento hipotético de receitas e despesas, apenas para dar uma ideia de como ela é. A imagem mostra apenas uma parte, mas a planilha abrange um ano inteiro.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Rosa Maria

Rosa Maria
Pingente de dia
No bonde lá ia
Feito uma vadia
Trabalhar não queria...
            
                         Malfatti




sábado, 19 de abril de 2014

Botijão de Gás

Olá, Leitor(a)!

Hoje vou falar de como aprendi a movimentar o botijão de gás comum. O de treze quilos. De metal. Sem fazer esforço e sem fazer muito barulho e danificar o piso. E tem mais, em apartamento, quando se faz barulho incomoda os vizinhos.

Disseram que no mercado iríamos ter botijões de plástico, que seriam mais leves, mas até agora não vi à venda, apenas numa feira, como demonstração visual do material.

Bom! Então vamos lá: o botijão de gás, para mim, é muito pesado e não posso fazer muita força para não ter problemas físicos. Cheguei a comprar um carrinho de duas rodas, dobrável, para facilitar o transporte do botijão, mas não é muito prático.

Mantenho um botijão em uso e um na reserva. Ficam distantes um do outro, mais ou menos três metros. Na hora de trocar, até que não é tão difícil, pois o que está em uso fica sobre uma plataforma de plástico, bem rente ao chão. A plataforma tem bolinhas que giram ao ser deslocada. Isto facilita. Quando o que está em uso se esgota, desconecto a mangueira, puxo-o, apoiado na plataforma, para perto do botijão cheio, retiro o vazio, que no caso já está bem mais leve e coloco o cheio na plataforma. Arrasto até o local onde irá ficar e, serviço feito.

A dificuldade maior é quando compro nova reserva. Peço por telefone e o entregador vem até o apartamento entregar. Porém, já vi raspar na parede e bater com o botijão no azulejo. Isto sempre causa pequenos danos ao imóvel. Então resolvi acabar com esse tipo de preocupação. Espero na porta de entrada com o botijão vazio. Assim que ele sai do elevador eu já indico onde ele deve colocar. Deixo, de antemão o capacho bem à vista ou um tapete para ele depositar em cima. Para dentro do apartamento eu me encarrego de levar. Aproveito e seguro a porta do elevador para ele, pois até na porta ele costuma esbarrar.

Agora vem a dica que quero passar: pego dois tapetes pequenos e ponho um em seguida do outro no chão, na direção em que o botijão ser levado. Deito o botijão sobre o primeiro tapete e rolo até o final do segundo. Pego o tapete detrás, que está livre e ponho na sequência do caminho e assim por diante até chegar ao ponto desejado. Isto, como eu disse acima: facilita porque se torna um brinquedo de criança e não faz barulho nem danifica o piso.

Outra forma de movimentar o botijão é comprar uma base onde ele se encaixe e que tenha rodízios. Porém essa base não é muito barata, pois não deve ser plástica e sim de metal, com rodízios resistentes, que aguentem o peso do botijão.

Espero ter sido útil. (deixe um comentário para feedback)






Sacos plásticos na lixeira

Olá, Leitor(a)!

                    Esta dica é para quem usa sacos plásticos na lixeira. Quem não usa, melhor nem perder tempo na leitura.
                    
                       Para facilitar o dia a dia no que tange ao lixo e sua retirada.
                    
                       Isto é para quem faz o seu próprio trabalho e não tem empregada.
               
                Ao colocar o saco plástico na lixeira. Aquele que, após estar cheio se retira, fecha e deposita-se para ser levado, faça o seguinte:
                    
                   Coloque quatro sacos, um encaixado no outro. Dependendo da lixeira, pode ser mais de quatro e em alguns casos apenas três. O cuidado é para não ficar muito apertado sob-risco de não encaixar de forma adequada.
                    
                      Quando se adapta essa quantidade na lixeira, fica meio fofa e não muito bem acomodada, mas à medida que se coloca o lixo, ao chegar a hora de retirar o primeiro saco, aproveite para levantar todas as alças e usar o peso e a forma do lixo para melhor acomodação dos demais sacos que estarão à espera de serem cheios. Retorne as alças para baixo, encaixando na lixeira novamente. Retire o que já está cheio e pronto, lá estarão os demais.
                   
                    Isto facilita, pois quando você vai suprir a lixeira, tem que usar o tempo para pegar o saco, se aproximar da lixeira, levantar a tampa. Então por que colocar um só, se, colocando diversos, é só ir tirando-os até terminarem e depois fazer tudo de novo. Isso faz com que se ganhe tempo e têm-se a sensação de que uma tarefa chata torna-se menos desagradável.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O cartório

Ele e ela num quadriciclo esquisito, movido a pedais, artesanal. Ele 56. Ela 53. Ex-casados, prafrentex, mantêm a amizade com distanciamento. Ajudam-se, quando acham necessário. Ele mais ajuda; ela mais se aproveita dele. Lá vão pela rua de asfalto, quase deserta. Ele atrás, ela na frente. Eles pedalam, ela dirige.

Param frente a uma residência, com uma placa: Cartório.

Ela apeia e se encaminha à frente da construção, chamando alguém para que a atenda.

Ele dobra o quadriciclo de um jeito, que fica parecendo uma armação delgada de canos e rodas, apoia numa parede próxima do cartório e fica à espera do desfecho de estar ali.

Enquanto espera: ele ouve a conversa da ex com quem a atendeu, mas não presta atenção, pois não tem interesse; vê uma menina vestida de Chapeuzinho Vermelho sair do cartório, atravessar a rua e entrar numa casa em frente.

A conversa é demorada. Ele ouve alguém convidar a ex para tomar um chá. Ele fora. O papo lá, animado, ele cá: alheio... Invisível... Entediado...

                                                                               Antonio Roberto Malfatti

domingo, 6 de abril de 2014

O caso do fusca novinho.


O caso do fusca novinho.

Rancharia – SP. 24 de junho de 1966 - sexta-feira, Dia de São João, para os católicos, catorze horas. Tenho dezesseis anos e trabalho numa loja que vende sapatos. É comum ficar a par dos acontecimentos da cidade, ouvindo os clientes frequentadores da loja, e, alguém comenta que a professora Neusa comprou um fusca novinho; que não sabe dirigir, mas está interessada em aprender. Saio da loja, ao final do expediente. Vou para casa pensando no assunto. Tomo um banho e encontro meus amigos: Áureo e Arnor. O Áureo tem dezoito anos e já dirige o carro da família. O Arnor tem catorze. Ele e eu não dirigimos, ainda. Comento com eles, o fato da professora Neusa e, emendo: - Como pode alguém comprar um carro sem saber dirigir? O Áureo, imediatamente, tem a brilhante ideia de colocar-se à disposição da professora para ensiná-la a dirigir, sem cobrar nada. Dirigimo-nos a casa onde ela reside e ele se oferece para ensiná-la. Vejo-a aceitar a proposta. Ele solicita dela autorização, por escrito, para retirar o carro de onde está guardado, num posto de gasolina, logo na manhã seguinte. Autorizado, em vez de aguardar o dia seguinte, ele nos convida: a mim e ao Arnor, para irmos, os três, ao posto de gasolina, onde, com a autorização, retira o carro, à noite e nos diz que é a oportunidade de darmos uma volta. Então, dirige o fusca e vamos à fazenda Swift, zona rural, pouco distante do centro urbano, onde há uma festa junina, com tudo o que é característico do evento: fogueira, quentão, etc. Passado um tempo, por volta de uma ou duas horas da madrugada, estamos no caminho de volta para casa. A estrada é de chão batido, com alguns trechos arenosos e têm curvas. Vemos, à frente, uma das curvas à direita; o Áureo não conseguiu vencer a curva com segurança, talvez porque desenvolveu velocidade maior do que deveria e o carro foi de encontro ao barranco; tombou de um lado e depois, num solavanco, ficou sobre as rodas novamente. O para-lama dianteiro entortado travou a roda. Fazemos força e desentortamos. O carro consegue rodar, mas a roda está desalinhada e não funciona direito. Chegamos à cidade e fomos direto à casa da professora Neusa, contar o que aconteceu, pois, mesmo sabendo que fizemos algo errado, achamos que não é correto ocultar dela o fato. Batemos à porta e ela sonolenta, atende. O Áureo conta o ocorrido. Ela caminha até a calçada e chora sobre o carro. Na verdade ela se descontrola e dá um escândalo. Afinal, é um fusca novinho com várias prestações a serem pagas. Depois de um tempo ela se acalma e vamos, cada um, para nossas casas, esperar o dia amanhecer para ver como a situação será resolvida. O Áureo encontra a solução. Seu tio tem uma oficina mecânica de automóveis e ele fica encarregado do conserto. A mim coube contribuir com uma parcela em dinheiro para ajudar no conserto. Foi uma aventura e tanto; para não cair no esquecimento.

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sábado, 15 de março de 2014

Saudades

Vendo na tevê uma entrevista com o Chaves,

Parei tudo que fazia para prestar atenção.

Aquele que tempos atrás era do riso um furacão,

Hoje estava envelhecido e com cara de saudades.


O fazedor de perguntas ao Chaves se dirigia,

Sem se preocupar com o seu sentimento.

Perguntava apenas o que achava no momento,

Ignorando o que o entrevistado dentro sentia.


Flashbacks de atuações do passado,

Os recursos de vídeo atuais mostravam.

Sua atuação a cada quadro lembravam,

O que em nossa memória tinha sido apagado.


Conversavam de tudo um pouco, e até

Misturavam o português com espanhol.

O repórter achando falar em brasilnhol

O entrevistado arranhando um português ralé.


Os altos e baixos da conversa de lembranças,

Muito emocionaram ao final o Chaves;

E a quem assistia vieram à tona as saudades,

De tempos gostosos passados quando éramos crianças.


Malfatti

22/05/06 (3ª feira) outono

15h45min


domingo, 12 de janeiro de 2014

Poema do Adolescente



Como é difícil para uma mãe,
Imaginar que seu filho querido,
Se não está sempre sob seus olhos,
Pode estar no vício perdido.

Ela prefere-o em casa, no quarto.
Ouvindo som altamente estridente,
Ecoando pela casa insistente.
É melhor aguentar isto, que a dúvida e o temor,
De perder em vida o seu amor.

Sons batendo nos ouvidos,
Como se enormes bocas abertas
Com gritos repetitivos, sem nexo,
Pudessem resolver os problemas
Que a deixam alerta.
Isto é a juventude, e eu: perplexo!


                                                            Malfatti.