O lixo mudou a forma e aumentou a quantidade.
Quando adolescente, na idade de treze a quinze anos,
trabalhei como office-boy numa loja de calçados. O patrão recebia pelo correio,
diariamente, folhetos de ofertas de produtos e outros tantos papéis inúteis.
Uma vez na semana, ele examinava os papéis, rasgava-os e botava no lixo. Lixo
comum mesmo, pois naquela época nem se cogitava reciclar papel, somente ferro,
alumínio e vidros eram objeto de catadores. Nem existia garrafa pet ou sacola
plástica.
Hoje, o lixo que o patrão recebia, mudou de formato e
substância. Vem por e-mail; é virtual. Não sei de que maneira descobrem o meu
endereço de e-mail. Não são alguns por dia, são muitos. Neste momento em que
escrevo, só neste dia, recebi cento e quatro e-mails inúteis, os quais, ainda
bem, meu browser de e-mail os classifica como spam e/ou lixo eletrônico. Aí,
para eliminar é fácil: ctrl t + del e desaparecem. Mas é sempre um trabalho e
uma preocupação, pois sem a eliminação acumulam demais e tomam espaço no
computador.
Falando, ainda, em lixo. Pessoas preocupadas com o meio
ambiente fazem campanhas para que se evite descartar o lixo reciclável de forma
irresponsável. No entanto, vejo por todos os lados grande quantidade de lixo
reciclável depositado nos contêineres destinados ao lixo orgânico e, como a
quantidade é maior do que tais contêineres comportam, ficam depositados em
torno deles. Se os “produtores” desses materiais recicláveis fossem mais
conscientes, preocupando-se um pouco com o meio ambiente eles poriam a mão no
bolso e contratariam pessoas para lidar com esse material, dando a ele o
destino correto. Mas, segundo minha maneira de ver a situação, eles não dão
importância para isso. O que importa para eles é vender e vender, faturar. O
meio ambiente que se dane. Até que um dia o próprio começará a devolver o mal
que lhe causam, com males que nem imaginam.
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