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sábado, 8 de novembro de 2014

O lixo mudou a forma e aumentou a quantidade - virtual e físico

O lixo mudou a forma e aumentou a quantidade.

   Quando adolescente, na idade de treze a quinze anos, trabalhei como office-boy numa loja de calçados. O patrão recebia pelo correio, diariamente, folhetos de ofertas de produtos e outros tantos papéis inúteis. Uma vez na semana, ele examinava os papéis, rasgava-os e botava no lixo. Lixo comum mesmo, pois naquela época nem se cogitava reciclar papel, somente ferro, alumínio e vidros eram objeto de catadores. Nem existia garrafa pet ou sacola plástica.

   Hoje, o lixo que o patrão recebia, mudou de formato e substância. Vem por e-mail; é virtual. Não sei de que maneira descobrem o meu endereço de e-mail. Não são alguns por dia, são muitos. Neste momento em que escrevo, só neste dia, recebi cento e quatro e-mails inúteis, os quais, ainda bem, meu browser de e-mail os classifica como spam e/ou lixo eletrônico. Aí, para eliminar é fácil: ctrl t + del e desaparecem. Mas é sempre um trabalho e uma preocupação, pois sem a eliminação acumulam demais e tomam espaço no computador.


   Falando, ainda, em lixo. Pessoas preocupadas com o meio ambiente fazem campanhas para que se evite descartar o lixo reciclável de forma irresponsável. No entanto, vejo por todos os lados grande quantidade de lixo reciclável depositado nos contêineres destinados ao lixo orgânico e, como a quantidade é maior do que tais contêineres comportam, ficam depositados em torno deles. Se os “produtores” desses materiais recicláveis fossem mais conscientes, preocupando-se um pouco com o meio ambiente eles poriam a mão no bolso e contratariam pessoas para lidar com esse material, dando a ele o destino correto. Mas, segundo minha maneira de ver a situação, eles não dão importância para isso. O que importa para eles é vender e vender, faturar. O meio ambiente que se dane. Até que um dia o próprio começará a devolver o mal que lhe causam, com males que nem imaginam.

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