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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Rosa Maria

Rosa Maria
Pingente de dia
No bonde lá ia
Feito uma vadia
Trabalhar não queria...
            
                         Malfatti




sábado, 19 de abril de 2014

Botijão de Gás

Olá, Leitor(a)!

Hoje vou falar de como aprendi a movimentar o botijão de gás comum. O de treze quilos. De metal. Sem fazer esforço e sem fazer muito barulho e danificar o piso. E tem mais, em apartamento, quando se faz barulho incomoda os vizinhos.

Disseram que no mercado iríamos ter botijões de plástico, que seriam mais leves, mas até agora não vi à venda, apenas numa feira, como demonstração visual do material.

Bom! Então vamos lá: o botijão de gás, para mim, é muito pesado e não posso fazer muita força para não ter problemas físicos. Cheguei a comprar um carrinho de duas rodas, dobrável, para facilitar o transporte do botijão, mas não é muito prático.

Mantenho um botijão em uso e um na reserva. Ficam distantes um do outro, mais ou menos três metros. Na hora de trocar, até que não é tão difícil, pois o que está em uso fica sobre uma plataforma de plástico, bem rente ao chão. A plataforma tem bolinhas que giram ao ser deslocada. Isto facilita. Quando o que está em uso se esgota, desconecto a mangueira, puxo-o, apoiado na plataforma, para perto do botijão cheio, retiro o vazio, que no caso já está bem mais leve e coloco o cheio na plataforma. Arrasto até o local onde irá ficar e, serviço feito.

A dificuldade maior é quando compro nova reserva. Peço por telefone e o entregador vem até o apartamento entregar. Porém, já vi raspar na parede e bater com o botijão no azulejo. Isto sempre causa pequenos danos ao imóvel. Então resolvi acabar com esse tipo de preocupação. Espero na porta de entrada com o botijão vazio. Assim que ele sai do elevador eu já indico onde ele deve colocar. Deixo, de antemão o capacho bem à vista ou um tapete para ele depositar em cima. Para dentro do apartamento eu me encarrego de levar. Aproveito e seguro a porta do elevador para ele, pois até na porta ele costuma esbarrar.

Agora vem a dica que quero passar: pego dois tapetes pequenos e ponho um em seguida do outro no chão, na direção em que o botijão ser levado. Deito o botijão sobre o primeiro tapete e rolo até o final do segundo. Pego o tapete detrás, que está livre e ponho na sequência do caminho e assim por diante até chegar ao ponto desejado. Isto, como eu disse acima: facilita porque se torna um brinquedo de criança e não faz barulho nem danifica o piso.

Outra forma de movimentar o botijão é comprar uma base onde ele se encaixe e que tenha rodízios. Porém essa base não é muito barata, pois não deve ser plástica e sim de metal, com rodízios resistentes, que aguentem o peso do botijão.

Espero ter sido útil. (deixe um comentário para feedback)






Sacos plásticos na lixeira

Olá, Leitor(a)!

                    Esta dica é para quem usa sacos plásticos na lixeira. Quem não usa, melhor nem perder tempo na leitura.
                    
                       Para facilitar o dia a dia no que tange ao lixo e sua retirada.
                    
                       Isto é para quem faz o seu próprio trabalho e não tem empregada.
               
                Ao colocar o saco plástico na lixeira. Aquele que, após estar cheio se retira, fecha e deposita-se para ser levado, faça o seguinte:
                    
                   Coloque quatro sacos, um encaixado no outro. Dependendo da lixeira, pode ser mais de quatro e em alguns casos apenas três. O cuidado é para não ficar muito apertado sob-risco de não encaixar de forma adequada.
                    
                      Quando se adapta essa quantidade na lixeira, fica meio fofa e não muito bem acomodada, mas à medida que se coloca o lixo, ao chegar a hora de retirar o primeiro saco, aproveite para levantar todas as alças e usar o peso e a forma do lixo para melhor acomodação dos demais sacos que estarão à espera de serem cheios. Retorne as alças para baixo, encaixando na lixeira novamente. Retire o que já está cheio e pronto, lá estarão os demais.
                   
                    Isto facilita, pois quando você vai suprir a lixeira, tem que usar o tempo para pegar o saco, se aproximar da lixeira, levantar a tampa. Então por que colocar um só, se, colocando diversos, é só ir tirando-os até terminarem e depois fazer tudo de novo. Isso faz com que se ganhe tempo e têm-se a sensação de que uma tarefa chata torna-se menos desagradável.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O cartório

Ele e ela num quadriciclo esquisito, movido a pedais, artesanal. Ele 56. Ela 53. Ex-casados, prafrentex, mantêm a amizade com distanciamento. Ajudam-se, quando acham necessário. Ele mais ajuda; ela mais se aproveita dele. Lá vão pela rua de asfalto, quase deserta. Ele atrás, ela na frente. Eles pedalam, ela dirige.

Param frente a uma residência, com uma placa: Cartório.

Ela apeia e se encaminha à frente da construção, chamando alguém para que a atenda.

Ele dobra o quadriciclo de um jeito, que fica parecendo uma armação delgada de canos e rodas, apoia numa parede próxima do cartório e fica à espera do desfecho de estar ali.

Enquanto espera: ele ouve a conversa da ex com quem a atendeu, mas não presta atenção, pois não tem interesse; vê uma menina vestida de Chapeuzinho Vermelho sair do cartório, atravessar a rua e entrar numa casa em frente.

A conversa é demorada. Ele ouve alguém convidar a ex para tomar um chá. Ele fora. O papo lá, animado, ele cá: alheio... Invisível... Entediado...

                                                                               Antonio Roberto Malfatti

domingo, 6 de abril de 2014

O caso do fusca novinho.


O caso do fusca novinho.

Rancharia – SP. 24 de junho de 1966 - sexta-feira, Dia de São João, para os católicos, catorze horas. Tenho dezesseis anos e trabalho numa loja que vende sapatos. É comum ficar a par dos acontecimentos da cidade, ouvindo os clientes frequentadores da loja, e, alguém comenta que a professora Neusa comprou um fusca novinho; que não sabe dirigir, mas está interessada em aprender. Saio da loja, ao final do expediente. Vou para casa pensando no assunto. Tomo um banho e encontro meus amigos: Áureo e Arnor. O Áureo tem dezoito anos e já dirige o carro da família. O Arnor tem catorze. Ele e eu não dirigimos, ainda. Comento com eles, o fato da professora Neusa e, emendo: - Como pode alguém comprar um carro sem saber dirigir? O Áureo, imediatamente, tem a brilhante ideia de colocar-se à disposição da professora para ensiná-la a dirigir, sem cobrar nada. Dirigimo-nos a casa onde ela reside e ele se oferece para ensiná-la. Vejo-a aceitar a proposta. Ele solicita dela autorização, por escrito, para retirar o carro de onde está guardado, num posto de gasolina, logo na manhã seguinte. Autorizado, em vez de aguardar o dia seguinte, ele nos convida: a mim e ao Arnor, para irmos, os três, ao posto de gasolina, onde, com a autorização, retira o carro, à noite e nos diz que é a oportunidade de darmos uma volta. Então, dirige o fusca e vamos à fazenda Swift, zona rural, pouco distante do centro urbano, onde há uma festa junina, com tudo o que é característico do evento: fogueira, quentão, etc. Passado um tempo, por volta de uma ou duas horas da madrugada, estamos no caminho de volta para casa. A estrada é de chão batido, com alguns trechos arenosos e têm curvas. Vemos, à frente, uma das curvas à direita; o Áureo não conseguiu vencer a curva com segurança, talvez porque desenvolveu velocidade maior do que deveria e o carro foi de encontro ao barranco; tombou de um lado e depois, num solavanco, ficou sobre as rodas novamente. O para-lama dianteiro entortado travou a roda. Fazemos força e desentortamos. O carro consegue rodar, mas a roda está desalinhada e não funciona direito. Chegamos à cidade e fomos direto à casa da professora Neusa, contar o que aconteceu, pois, mesmo sabendo que fizemos algo errado, achamos que não é correto ocultar dela o fato. Batemos à porta e ela sonolenta, atende. O Áureo conta o ocorrido. Ela caminha até a calçada e chora sobre o carro. Na verdade ela se descontrola e dá um escândalo. Afinal, é um fusca novinho com várias prestações a serem pagas. Depois de um tempo ela se acalma e vamos, cada um, para nossas casas, esperar o dia amanhecer para ver como a situação será resolvida. O Áureo encontra a solução. Seu tio tem uma oficina mecânica de automóveis e ele fica encarregado do conserto. A mim coube contribuir com uma parcela em dinheiro para ajudar no conserto. Foi uma aventura e tanto; para não cair no esquecimento.

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